Ontem vivi meu
primeiro dia como verdadeira intercambista. Fui com meus colegas da Be Mundus
para uma visita turística guiada organizada para os intercambistas Erasmus.
Durante o
passeio, o simpático guia Dino nos mostrou parte da Roma medieval. Igrejas
antigas e, em cada detalhe delas, uma interessante história ou curiosidade.
Foi incrível.
Essa é a Roma que quero viver, que quero conhecer. Não a única, mas uma das.
O passeio
terminou no Trastevere, um bairro conhecido como o mais badalado de Roma para
comer, beber e se divertir.
Ali o guia nos
deixou. Conhecemos três estudantes Erasmus franceses e com eles fomos atrás de
um “aperitivo” (você pede um drink da casa e pode comer à vontade do buffet).
Foi uma
experiência incrível, aquela noite com os franceses. Conversamos sobre tudo.
Fiz uma das francesas experimentar uma caipirinha. Enquanto eu tomei uma piña
colada e o Rodrigo pediu um daqueles grandes chopps alemães. Diversidade se
fazia presente.
Cada um com sua
história, mas todos querendo ali a mesma coisa: conhecer pessoas, línguas,
culturas diferentes. Aprender.
Em vim para
Roma estudar a educação europeia, e ontem já aprendi muito sobre a educação
francesa. Primaire, élémentaire, lyceo e, depois do bac (vestibular), a
facoltà. Tudo gratuito. E são todas escolas de excelência no ensino básico, me
disse Eva. Na faculdade, é o inverso: as faculdades gratuitas não são lá muito
boas, e as melhores são as voltadas ao “Business”.
Sim, a lógica
do Brasil está às avessas no que diz respeito à educação – e consequentemente a
todo o resto.
Quanto às
línguas estrangeiras, os alunos terminam o ensino básico sabendo ao menos um
pouco de duas línguas além do francês. Aos 12 anos, se escolhe entre inglês e
alemão. Alguns anos depois, pode-se escolher também entre italiano e espanhol.
Martin me disse
que isso não funciona muito bem. Porque os professores e alunos são
desinteressados e as turmas têm cerca de 40 alunos, tornando difícil o ensino
de uma língua.
Ainda assim,
eles estão aqui, usando o italiano que aprenderam na escola.
E eu, tento me
virar e conseguir discernir as línguas na hora de falar. Mas sem muito sucesso.
Português, inglês, italiano, francês. Tudo se misturou na noite de ontem. Bem
ou mal, funcionou. Nos entendemos todos, 4 brasileiros e 3 franceses, e ficamos
contentes pelo passeio.
A vida de
intercambista começa aqui.
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